quarta-feira, 18 de maio de 2011

Paz

Sempre me perguntei o que seria essa tal paz interior que tantos falam e buscam. Dentre os vários questionamentos sobre a vida, esse era um dos que mais me intrigavam. Como atingí-la? Qual o preço? É uma ação ou um sentimento? Mesmo com a pouca idade que tenho, e após passar e ver coisas que mudaram completamente a minha forma de ver o mundo, cheguei a algumas conclusões. Posso estar completamente errada e mudar de opinião um dia, mas hoje penso assim.

Pois bem, observei que estar em paz não é ter dinheiro sobrando na conta bancária. Não é ter o carro desejado. Não é ser lindo, estar saudável e namorar a pessoa que sempre quis. Não é se conformar com uma situação que lhe desagrada. Não é ser passivo e pacífico diante da vida. É um estado totalmente individual que independe de fatores externos, porém afeta tudo e todos que estão à sua volta. Não envolve nada material. Quem tem paz, tem discernimento, sensibilidade, coragem. Não aceita qualquer coisa nem desiste fácil. Tem problemas, tem variações de humor, tem dificuldades, como a grande maioria, mas está bem. Sabe se comportar e como agir ao enfrentar suas batalhas pessoais, pois vivem fora da "bolha" que algumas pessoas criam em torno de si. E são felizes. São livres.

E, a partir do momento que assume Deus em sua vida, seus medos somem. Acredita em Deus de coração aberto. Sente quando Ele está ao seu lado e sabe exatamente quando interfere na sua vida. Deus não necessariamente lhe dá o peixe, mas dá uma aula de pescaria tão fantástica que, se for bom aluno, sempre saberá como e onde pescá-lo. Metáfora super clichê, mas que se encaixa bem.

Se minha teoria estiver certa, hoje posso afirmar: tenho paz. Minha vida está longe de ser uma maravilha como as de propaganda de margarina light, mas estou bem. E tenho o orgulho e a alegria de dizer que sim, acredito em Deus, e Ele foi o caminho que escolhi para me permitir dormir tranquila à noite. E as coisas, aos poucos e no tempo certo, sempre vão se ajeitando.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Quero ler mais. Quero escrever mais. Quero mais cultura inútil, piadinhas espontâneas e achar mais graça em mim mesma. Quero matar a saudade de velhos amigos. Quero ajudar minha mãe em qualquer coisa, ouvir casos antigos e fazer fofoca do vizinho chato. Quero ver filme ruim, falar sobre política sem ser obrigada, conversar com poetas nas praças e com bêbados nos botecos. Quero acompanhar meu Cruzeiro nos jogos. Quero ver desenho, ler revistinha e jogar videogame. Quero churrasco o dia inteiro, dançar música baranga com meus amigos e paquerar o garçom feio só pra ele caprichar no chorinho da dose. Quero malhar, me sentir saudável. Quero amar e ser amada por alguém que valha a pena. Quero fazer valer a pena.

Ahh rotina insuportável! Como diria Drummond, "Êta vida besta, meu Deus." ...


"A finalidade da vida é para cada um de nós o aperfeiçoamento, a realização plena da nossa personalidade. Hoje, cada qual tem medo de si próprio; esquece o maior dos deveres: o dever que tem consigo mesmo." - Lorde Henry, de Oscar Wilde, em O Retrato de Dorian Grey

sábado, 10 de julho de 2010

Sobre mim

Renata, Rê, Renatinha, Tatinha. Poucos apelidos, cada um exercendo um papel. Mineira com orgulho. Ariana legítima e "da gema". Fui uma criança solitária, mas muito sapeca. Apanhei um bocado, ficava ofendidíssima na época, mas sei que mereci. Nunca fui uma adolescente rebelde, muito menos crisenta. Amadureci com 16 anos, passei a ver tudo de uma outra forma e a valorizar o que realmente importa. Hoje dificilmente alguém irá me ver triste ou preocupada por bobagens. Aliás, bom humor é uma das minhas principais características.

Amo histórias, somente elas desligam minha hiperatividade. Filmes. Livros. Conversas. Dizem que sou ótima ouvinte. Falo muito, mas falo pouco. São poucas as pessoas que sabem da minha vida. Já me decepcionei tão feio que minha confiança plena é rara. História. Arte. Política. Literatura. Cores. Fotografia: câmeras, imagens, luzes, olhares, momentos. Minha grande paixão, desde criança. Já quis ser arqueóloga, médica e biomédica, sou feliz na Comunicação. Tenho dificuldade com contas, dados e números, ainda bem que tenho amigos honestos.

Não sei o que quero para o meu futuro, não faço planos a longo prazo. Sei exatamente o que não quero, tenho metas e objetivos. Parece contraditório, mas eu me entendo. Quero filhos e vários cachorros, é um dos poucos planos para o futuro que tenho. Mar, cachoeira, piscina, chuveiro. Água me tranqüiliza. Cachorro, gato, peixe, cavalo, galinha, coelho. Apaixonada por bichos. Admiradora e observadora de pessoas. Convivo bem com todo tipo de gente, não me importo com classe social, ideais, personalidades, orientação sexual, estilos.

Sou extremamente fiel. Traição é inadmissível, não posso dizer que jamais irei fazê-la, mas luto para nem pensar na possibilidade de acontecer. Válido para as amizades também. Respeito, sempre. Compromissos, responsabilidades. Procuro manter o valor da minha palavra. Gosto de pessoas diretas e sinceras, não suporto enrolação. Defeitos, vários. Autocrítica demais, fechada, ansiosa, hiperativa, inquieta, impaciente. Ficar sem fazer nada me irrita. Sou muito pacífica, mas longe de ser uma das melhores pessoas para se arrumar briga.

Vinho. Champagne. Vodca com energético. Cachaça. Raramente dispenso uma boa cerveja. Sou pau pra toda obra, churrascão com funk ou uma boa conversa em um café, só me chamar. E se eu falo que eu vou, eu vou. Dançar até amanhecer. Ser a companhia de alguém, mesmo que só para um filme. Sair para jantar. Gostos e hábitos excêntricos, morro de preguiça de gente previsível. Surpreendo as pessoas facilmente, gosto disso.

Aprendendo a esperar o momento certo para agir.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Das vantagens de ser bobo

Raramente coloco textos inteiros de outras pessoas aqui. Mas este merece, por mais clichê que já tenha se tornado. E Clarice é sempre Clarice, né!


Das vantagens de ser bobo - Clarice Lispector

" O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo. "



E por mais que quase sempre eu me decepciono, ainda prefiro ser boba e ingênua, pois vale a pena acreditar nas pessoas. E afinal, não dizem em todos os orkuts, revistas de fofoca e agendas que "decepção não mata, ensina a viver"? =)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Quase

Quase "matei" esse blog. Quase. Porém encontrei um pouco da minha vida em alguns textos anteriores, me faltou coragem. É bom relembrar algumas fases por qual passamos, preferi, então, salvá-lo, mantendo minha proposta da terapia textual, de onde surgiu a ideia do blog.

Estou quase conseguindo falar sobre meus sentimentos. Quase. Continuo divagando páginas sobre qualquer coisa que eu conheça, ainda mais agora que ando mais formal e prolixa como nunca (profissionalmente falando), mas um mísero parágrafo sobre o que sinto até sai, mas sai sofrido.

Na verdade detesto essa coisa de quase. Ainda mais eu, tão racionalmente impulsiva. Isso mesmo, racionalmente impulsiva, qualquer hora falo sobre. O quase me soa como uma espécie de fracasso, de covardia. "Eu quase liguei" "Eu quase comprei aquela blusa" "Eu quase viajei"... Tem gente que mergulha numa vida quase, que quando assusta, passou, virou "já era" e ela nem viu.

Mas o quase, nesse caso, está sendo válido. Sinal que eu mudei. Estou indo, qualquer hora eu chego. Quem sabe não está é faltando um empurrão de alguém?

"É curioso que não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto, como o que sinto se transforma lentamente no que digo."

(Clarice Lispector)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

De volta!

"Yo que soy un caos completo
Las entradas, las salidas
Los nombres y las medidas
No me caben en los sesos"


Pois então, andei meio sumida. Estou em um daqueles momentos da vida em que temos que tomar decisões sérias e difíceis, que envolvem dinheiro/profissão/futuro/família, e estou numa dúvida que está me consumindo. Como uma boa ariana um pouco torta, sou muito racional em alguns momentos, queria simplesmente agir, parar de pensar e esperar. Mas não consigo. Tenho um prazo para decidir, que está acabando diga-se de passagem, em breve escrevo aqui minha decisão e o por quê dela.

E o tico e teco estão aqui na minha cabeça frenéticos! Ser gente grande é complicado. Parafraseando Fernando Sabino, quando eu era criança perguntavam o que eu queria ser quando crescer. Hoje ninguém pergunta mais. Se perguntassem, talvez diria que gostaria de ser criança de novo. Talvez. Ou não. Aí, agora uma ariana típica, a curiosidade e a ansiedade do que está por vir ganha de qualquer arrependimento ou saudosismo. Só é preciso ter iniciativa e coragem de arriscar, e no meu caso, treinamento para ser menos racional.

Deixei meu outro blog abandonado também, o que é um absurdo! Me orgulho dele, me propus a escrever textos com conteúdo sobre um tema que amo, e não vou desistir. Foi apenas uma pausa, já tenho um texto prontinho para postar amanhã, e outros assuntos em vista. Se alguém lê este aqui, dá uma moral no outro também http://leiturafotografica.blogspot.com/ .

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A Menina que Roubava Livros



- UMA PEQUENA TEORIA -
As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim,
mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de
uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa.
Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes.
Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas.
No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los.



Trecho do livro que estou lendo, 'A Menina que Roubava Livros' de Markus Zuzac. Neste trecho, assim como em todo o livro, a narradora é a morte. Quando a morte conta uma história, vale a pena ler... estou gostando muito, recomendo!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

só pra postar mesmo


trilha da semana: Trilha sonora do filme "Adeus, Lenin", que é muito bom diga-se de passagem. A trilha é do Yann Tiersen, o mesmo de "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain". Linda, pra quem gosta de música instrumental!

filme da semana: "Marley e Eu". Após ouvir comentários de pessoas que passaram mal no cinema de tanto chorar, eu achando que era exagero e sentimentalismo bobo, fui assistir... não posso nem lembrar muito do filme que choro! E não, as pessoas não exageraram. Quem gosta e tem cachorro, entende exatamente a história e o sentimento do filme. Mas tirando a choradeira, é uma ótima comédia romântica, dá pra rir bastante também!

Após um post anterior meio depressivo e muito sério para a minha pessoa, Mafalda para descontrair!


ando tão pensativa ultimamente...


Voltei à blogosfera! Após uma segunda quinzena bastante turbulenta, estou de volta à minha rotina (se é que tenho uma). Apesar de ter presenciado diversas coisas não habituais esses dias, ando pouco criativa. Triste não, introspectiva e pensativa se enquadram melhor.

Engraçado como algumas coisas nos atingem de maneiras inexplicáveis. Estou há alguns dias pensando sobre isso... não sei por quê, mas estou.

Minha mãe estava com um problema de saúde, e ficou uns dias internada (ela está bem agora). Por quase dez dias, passei noites em claro no hospital, que com certeza não é dos ambientes mais agradáveis. Não dormia, já sou naturalmente insone, e me sentia na obrigação de velar o sono da minha mãe, mesmo que não precisasse. Foram quase que "horas diárias de reflexão", pois se alguém souber o que fazer de madrugada em um hospital, me fala por favor.

Enfim, voltando ao assunto do post, no segundo quarto após o da minha mãe, havia um senhor, que segundo informações (da minha mãe e da minha tia) estava muito doente, os médicos haviam lhe dado cerca de 12 horas de vida. Não havia mais nada a fazer.

No outro dia, quarta-feira, esse senhor morreu. Eram cerca de sete horas da manhã, eu como estava acordada, ouvi somente os choros. Não sei o nome do senhor. Não vi o rosto de nenhum familiar. Não sei de que ele morreu, ou onde foi enterrado. Não soube nada dele. Porém, despertou em mim um sentimento inexplicável, não sei falar o que é. Tristeza? Talvez um pouco... mais pela situação que pela pessoa talvez, pois como falei, nem conhecia. Medo? Angústia? Melancolia? Acho que não, saberia identificar. Senti algo novo.

Após passar alguns dias, ainda penso nisso. Penso no senhor. Penso na família dele. Penso também sobre o que senti, e percebo que mais do que o fato da morte do homem do quarto vizinho, a proximidade da morte é algo que assusta. Ele com certeza está melhor que a gente agora, e bem melhor que antes, pois suponho que viver "desenganado" não deve ser nada agradável. A família provavelmente está mal, só o tempo deixará as coisas melhores. Ou não, vai saber como é esse povo.

Menos de 24 horas depois, lençóis trocados, chão limpo, e um novo paciente com parentes desconhecidos já habitavam o quarto do senhor falecido. A rotina do hospital continua. Uns morrem, outros voltam para casa, outros ficam tanto tempo que praticamente se mudam.

Lá é normal isso acontecer. E eu, acho isso normal?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Mafalda



Contestatária, essa menina argentina foi o personagem da década de 70 em seu país, e sua fama extendeu-se pelo mundo. Escritas e desenhadas pelo cartunista argentino Quino, suas histórias apareceram de 1964 a 1973, com altíssima popularidade na América Latina e Europa.

A Mafalda é genial, amo suas tiradinhas e suas reflexões sobre o mundo. Filha de uma típica família de classe média argentina, ela tem 7 anos e vive em Buenos Aires. Odeia sopa, o racismo, as absurdas convenções dos adultos, a guerra, e se preocupa com a política. Adora os Beatles e o desenho do Pica Pau. É apaixonada pela paz, pelos direitos humanos e pela democracia. Mesmo tendo uma visão aguda e questionadora da vida e do mundo à sua volta, é uma típica menina da sua idade.

Um pouco sobre os outros personagens, retirados deste site:

- Filipe: Sonhador, tímido, preguiçoso, desligado e às vezes romântico. Odeia a escola e ter que fazer as tarefas de casa. É quase o oposto da Mafalda.
- Manolito: bruto, ambicioso e materialista, mas no fundo com um grande coração. De todos os personagens, ele e a Susanita são os únicos que realmente sabem o que querem da vida. No caso dele, uma enorme rede de supermercados. Ama o Rockfeller e tem ódio de hippies (incluindo os Beatles da Mafalda) e da Susanita.
- Susanita: Super fofoqueira, egoísta ao máximo e briguenta por vocação. Seu futuro já está totalmente planejado, quer um casamento magnífico, um marido rico e muitos filhos. A coisas que odeia são as mais numerosas, os pobres dão-lhe nojo, quase tanto quanto o Manolito, e detesta as reflexões da Mafalda. Não está nem aí copm o destino do mundo.
- Miguelito: Sonhador como o Filipe, apesar de ser mais egoísta e menos tímido. Inocente, vive refletindo sobre questões sem importância. Detesta ter a idade que tem, e não ser notado. É o centro do mundo, e ninguém consegue convencê-lo do contrário.
- Liberdade: É uma Mafalda menos tolerante. Com certeza de esquerda, provavelmente por causa dos pais. Intelectual, crítica e perspicaz, Liberdade ama a cultura, as reivindicações sociais e as revoluções. As pessoas complicadas a deixam nervosa. Ela, garante, é simples. Todos fazem o comentário óbvio sobre o seu nome. É muito baixinha.
- Gui: Irmão da Mafalda. É o representante da idade da inocência, onde tudo está para ser descoberto. As suas paixões são os rabiscos nas paredes, a chupeta on the rocks e Brigitte Bardot.
- Os pais: típico casal de classe média. Ambos são passivos, limitados e levemente falidos. O pai trabalha no escritório fazendo contas, ama plantas e está preocupado porque está envelhecendo. A mãe abandonou a universidade para formar uma família, e a Mafalda sempre que pode critica isso. Vive com o dilema do que cozinhar, acaba fazendo sopa, que a filha detesta.




Tem como não amar??? =)

terça-feira, 7 de abril de 2009


“ Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora da minha própria vida. ”

(Clarice Lispector)


...

sábado, 4 de abril de 2009

com preguiça de pensar um título

O mau humor me atinge umas 4 vezes por ano. Hoje é um dia desses. Fotografei horas ontem a noite, cheguei de madrugada e dormi muito pouco. Minha cabeça dói. Meu pé dói. Minha perna dói. Meu braço dói. Minha mão dói. Meus dedos estão todos doloridos, e estou tremendo (a câmera é gigante, pesa uns 3 kg com a lente). Meu olho dói. Meu cérebro... dói também. Estou com cólica, com a gastrite atacada, com sono, com calor, com fome e com uma sede que não pára. Estou ansiosa, com saudade, com medo, e ainda com vontade de comer a tábua do café com letras. Se eu estivesse grávida, meu filho ia nascer com cara de onion rings. Ainda quero tomar meu porre de vinho. Meu vizinho me irrita, meu chefe me irrita, meu teclado com as teclas apagadas me irrita, o povo indo pro axé me irrita, a bagunça do meu quarto me irrita. Quero dormir. Quero sair. Quero beber. Quero ir ao cinema. Quero fazer nada. Porém não posso, tenho que fotografar mais hoje ainda. Amanhã minhas dores serão dobradas. Acho que é idade mesmo. O que me consola, é que gosto tanto de fotografar, que tudo isso vai sumir quando eu pegar novamente a câmera. Entro em outro plano. Momentâneo, mas outro plano.

Dia raro de mau humor... amanha espero voltar ao meu estado normal. Apesar de que, será uma semana tensa, encerrada pelo meu aniversário, ou seja, o mau humor tende a se prolongar...

terça-feira, 31 de março de 2009

Não canso de ver esse vídeo... bebês e bichos me seduzem tão fácil!

Obs: Créditos à minha queridíssima amiga Priscila Colen, que me ensinou a colocar vídeos no blog!! :D Eu ainda ia ficar dias tentando...

insônia

mais ou menos 3h da manhã...
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e essa chuva que não para hein. é bom pra dormir. to sem um pingo de sono. preciso acordar cedo. amanhã vou no centro. to enrolando pra ir faz um mês. bom que tomo um açai no mercado. tenho que olhar a miniatura das câmeras no mercado. são tão bonitinhas. tenho que ir na academia antes. tenho que emagrecer mais até o final do mês. que sede. tá frio. que barulho é esse, eu hein. a tv do vizinho tá alta. nem passa nada essa hora na tv. tenho que comprar meu dvd urgente. vou no cinema essa semana. ver no jornal amanhã quais filmes. tá calor agora. esse silêncio tá me incomodando. preciso ir na puc urgente. saudade da puc. saudade de ter aulas. saudade das minhas amigas. saudade dos professores. preciso pedir o diploma. não posso esquecer de olhar a grade de jornalismo. semestre que vem vou fazer jornalismo. semestre que vem vou fazer pós em história da arte. semestre que vem vou fazer pós em marketing. semestre que vem vou fazer vestibular de novo. semestre que vem vou fazer francês. não tenho a mínima idéia do que vou fazer semestre que vem. to com sede de novo. esqueci de tomar o remédio de novo. nunca vi um cachorro roncar tanto quanto a nina. não terminei as fotos. tenho que passar amanhã no estúdio urgente. a grana acabou. eu poderia receber logo. eu poderia receber mais. eu poderia dormir. a luzinha da tv ta me incomodando. to com frio agora. preciso ir no diamond urgente. vou mudar os móveis do quarto de lugar. vou pintar o quarto de outra cor.tenho milhões de fotos pra entregar essa semana. preciso procurar o filtro que me falaram. por que aquela pessoa me ligou. eu hein. quero viajar. praia. fazenda. em julho vou visitar minha avó. não posso esquecer de olhar a câmera. o flash agora nem vai rolar. realmente preciso ganhar mais. praia é tão bom. ando me sentindo sozinha. sinto que procuro algo que não sei o que é. nunca tive meus amigos tão próximos. ainda sinto sozinha. estou preocupada. estou ansiosa. esqueci de carregar meu celular. to com vontade de comer a tábua do café com letras. quero tomar um porre de vinho. aquele filme entrou em cartaz. preciso pegar livro na bibliteca essa semana. tenho tanta coisa pra fazer essa semana. estou com saudade. eu ja deveria estar dormindo. que saco essa luzinha. vou comprar cds virgens amanhã. quanto será que tá um aparelho de dvd. deu vontade de jogar video game. passarinho cantando já. eu deveria acordar agora. o passarinho tá realmente me irritando. de onde vem esse despertador. estou com fome. acho que vou comprar pão. não saio da cama nem morta agora. esqueci o que tava pensando. tinha que ligar pra algum lugar hoje...............
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mais ou menos 6h30
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zzzzzzzzz


quase uma rotina diária... alguém me fala como desligo (saudavelmente) a cabeça, por favor? o próximo que me mandar tomar um Rivotril, mando pra aquele lugar!!!!!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Ciclo sem fim

"It's the Circle of Life
And it moves us all
Through despair and hope
Through faith and love
Till we find our place
On an path unwinding
In the circle
The circle of life."

Até encontrarmos nosso lugar...



é em português mesmo, desenho gosto de ver dublado... mas a música original é muito mais bonita! Trilhas, meu novo vício...

terapia textual

Mais um blog. Esse dessa vez, sem propósito nenhum. Minha cabeça anda a mil, to seguindo um conselho que me deram, de escrever para organizar as idéias. Pra relaxar. Passar o tempo. Sou blogueira há anos, acompanho vários blogs, gosto de ler, e apesar de ter um pouco preguiça (um absurdo, eu sei... estou me policiando), adoro escrever. Não sei porque há tanto tempo não tenho o meu... somente preguiça, será? Enfim, vai saber... Diferente do meu outro blog, com um tema específico que amo, esse não tenho nem idéia do que vou falar. Não quero ter, vamos ver onde ele vai parar. Nem sei se alguém, além de mim, vai ler mesmo.